A voz do Padre Bastos deixará de se ouvir
O vereador da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Rui Luzes Cabral, era amigo próximo do sacerdote. Numa mensagem escrita nas suas redes sociais, o vereador constatou que “a voz do Padre Bastos deixará de se ouvir, tal qual, se calaram as vozes, conforme ele escreveu no seu poema ‘Paz do claustro’, em 1960″.
Paz do claustro
Calaram-se hoje mesmo, de cansadas.
As vozes que eu ouvia o dia inteiro
Por detrás das colunas ogivadas
Que povoam o claustro do mosteiro.
Tudo é silêncio à volta, e as passadas
Que dentro em mim retenho, aventureiro
De duras e de longas caminhadas,
Apagam-se num eco derradeiro.
Nem uma ave agora voa ou trina,
E a fonte que murmura, em surdina,
Derrama sobre mim fios de luz.
Ninguém me chama.
Fala-me só Deus.E a torre do mosteiro aponta os Céus
Na sombra projectada pela Cruz.
Manuel Pires Bastos
Janeiro de 1960
Uma resposta
HOMEM BOM que cativava qual quer.. nao por ser ser padre, mas pela simplicidadee afablidade de pessoua, e Cultura. Até sempre padre BASTOS